Comprar kits de antibiótico pode parecer confuso. Isso acontece porque atualmente existem várias empresas do ramo que oferecem testes desse tipo. São empresas desde nacionais até multinacionais com qualidades variadas, produtos diversificados e preços competitivos, com o mesmo objetivo de realizar a detecção de antibiótico no leite.
Os tipos de kits
Entre todas as variedades de kits de antibiótico para leite, encontramos no mercado: os “kits com operação rápida”, aqueles que agem por reações enzimáticas e levam minutos para fazer a detecção; e os “kits lentos” com reações microbiológicas, sendo esses considerados testes de inibidores de microrganismos e demoram algumas horas para gerar o resultado.
A importância do leite
O leite é um produto muito rico em nutrientes como cálcio, proteína, fósforo, potássio, magnésio e vitamina A, B12 e riboflavina. Por esse motivo, está cada vez mais presente em nosso dia-dia, fator que impulsiona ainda mais o aumento das exigências dos órgãos fiscalizadores. Isso se deve principalmente por se tratar de um assunto que pode causar risco a saúde pública.
A Instrução Normativa Nº 62, de 29 de dezembro de 2011, relata que devemos realizar o controle de antibiótico/Inibidores de crescimento microbiano, com base no Limite Máximo de Resíduo (LMR) previsto no Programa Nacional de Controle de Resíduos – MAPA. Ou seja, o antibiótico deve ser analisado em todo leite recebido. Apresentando resultados abaixo do LMR’s (concentração máxima de resíduos no alimento expresso em PPB ou µg/L) o leite é liberado para o beneficiamento.
É importante, contudo, que haja consciência das drogas exigidas e tabeladas no Codex Alimentarius (FAO/OMS). Após realizar esse consentimento é fundamental que seja feito um estudo com os produtores da região em que o leite é capturado para saber qual antibiótico é mais utilizado nos tratamentos de enfermidade da vaca. Com essas informações é possível saber quais substâncias são possíveis de serem encontradas no leite. Mas antes de finalizar a escolha, é muito importante ter uma conversa com a fiscalização local.
A etapa seguinte da escolha das substâncias é: realizar um levantamento sobre qual a marca comercial será utilizada. Por exemplo, realizarei o controle de betalactâmico e tetraciclinas, para isso vou buscar uma marca que tenha um kit que atenda a esses parâmetros. Dessa forma, verifiquemos se os LMR’s estão abaixo do permitido e não tenhamos erros nas análises.
Acompanhando e comparando todas essas situações é hora de definir o teste que tem melhor custo e benefício para sua empresa visando sempre a qualidade do produto. Vale ressaltar que desde a publicação da Instrução Normativa 49 de 14 de setembro de 2006, foi revogada a obrigatoriedade da Autorização de Uso de Produto (AUP). Sendo assim, podemos utilizar qualquer teste de antibiótico, sem a determinação de um padrão desde que atenda os LMR’s.
Importante lembrar: Se você se deparar com alguma substância do kit que não atenda o LMR, cabe ao responsável realizar uma análise e decidir qual atende mais com base no levantamento realizado da região.
Esse é um assunto delicado e que exige um estudo de ambiente detalhado e especializado. Não fique com dúvidas, clique na imagem abaixo e entre em contato para tirar todas as suas dúvidas sobre o tema.
Escrito por:
Crislaine Carbonaro (criscarbonaro@yahoo.com.br | (32) 9 9162-7673)
Técnica em laticínios pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes.
Especialista em Gestão da Qualidade pela SGS Brasil.
Traz para o portfólio experiência na área comercial com desenvolvimento de novos clientes e vendas técnicas, prática e treinamento nas áreas de qualidade, análises físico-químicas e microbiológicas, instalação, manuseio e projetos laboratoriais, Boas Práticas de Laboratório, Boas Práticas de Fabricação além de conhecimentos técnicos do setor de Laticínios; Já atuou em empresas como Indústria e Comércio CAP-LAB, Indústrias Flórida, Engequisa, MARESP, Jussara e Tirolêz. Sócia da INFINITE CONSULTORES ASSOCIADOS.
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